A síndrome de wanderlust é um
termo que se refere à obsessão que algumas pessoas sentem por viajar.
Um desejo
nascido de uma “necessidade” fora do comum de conhecer novos lugares e
descobrir outras culturas. Sua etimologia vem de wandern
(excursão, viagem, passeio) e lust (desejo, anseio). Da união dos dois lexemas
surge o termo “desejo de viajar”. A tradução literal do wanderlust para o
português seria “paixão por viajar”.
Síndrome de wanderlust, a
obsessão por viajar
Até pouco tempo, viagens por
prazer buscando aventuras para compartilhar e soltar o espírito viajante dos
jovens eram algo inimaginável. A síndrome de wanderlust é muito mais do que o
desejo de tirar férias, que de alguma forma todos nós temos, é uma necessidade
que arrasta a paixão por viajar e descobrir novos lugares e culturas
diferentes.
Essa síndrome afeta igualmente
homens e mulheres, geralmente entre 20 e 40 anos de idade. Possuem um impulso
irresistível de sair, gostam de fugir para qualquer parte do mundo e sempre
estão à procura de novos destinos. Algumas pesquisas e estudos mostraram que
esta é a prioridade e interesse para a geração atual. Para alcançar seu
objetivo, a Internet é sua melhor aliada, já que a rede se torna sua melhor
agente de viagens. Reservas, compras, passagens e informações; tudo é resolvido
através das novas tecnologias.
Os viajantes compulsivos passam
a maior parte do tempo lendo guias de viagem, navegando pela Internet em busca
de voos, hotéis, albergues, etc., assistem documentários sobre lugares exóticos
e gastam boa parte de sua renda em viagens. O destino passa para um lugar
secundário no planejamento da viagem, uma mera desculpa para desfrutar do
prazer de viajar, ou seja, quando o sentimento de wanderlust adquire todo o seu
significado e se torna um modo de vida.
Viajar enriquece a pessoa, abre
novas perspectivas e possibilita ter outros pontos de vista. Conhecer outras
culturas, mergulhar nas tradições e viver em lugares diferentes nos ajuda a
ampliar nossa visão e a alimentar – e ao mesmo tempo satisfazer – a curiosidade
pelo desconhecido.
A síndrome de wanderlust e a
genética
Existem pessoas que não sentem
a necessidade de viajar, que não têm uma inquietação especial por descobrir
lugares. As férias são consideradas um momento para descansar e ficar relaxado
ou talvez ir a um hotel e desconectar-se de preparar refeições ou da limpeza.
Logicamente, esta abordagem é o oposto da síndrome de wanderlust, onde impera
uma necessidade de não gastar muito tempo em um lugar e o desejo de viajar se
torna o centro da vida de quem sofre com isso.
Além de uma moda, alguns
especialistas dizem que o espírito aventureiro ou a síndrome de wanderlust
está, na verdade, em nossos genes, e mais especificamente no chamado DRD4-7r,
um receptor de dopamina (neurotransmissor do prazer) que foi batizado como “o
gene viajante”.
Para David Dobbs, pesquisador
da National Geographics, este gene faz com que as pessoas que o possuem
“aceitem melhor mudanças e aventura, e também sintam mais afinidade para
assumir riscos em termos de novas ideias, comidas, relacionamentos, etc”. Além
da constante necessidade de viajar, os indivíduos que portam esse gene são
pessoas independentes, criativas, que buscam conhecer novas culturas e outras
formas de vida. Em suma, tudo o que traz crescimento pessoal.
Você sofre da síndrome de
wanderlust?
As pessoas com síndrome do
wanderfust apresentam características que as diferenciam do resto:
– Têm sempre o passaporte
atualizado e acessível caso surja a oportunidade de viajar de forma imprevista.
Não têm medo de sair da zona de conforto porque gostam de mudanças.
– A curiosidade em descobrir
novos lugares e outras culturas vai além da imaginação e se torna uma
necessidade. Todo o dinheiro que podem economizar está destinado a viver novas
aventuras.
– Assim que regressam de uma
viagem, já planejam a seguinte: consultam páginas especializadas na Internet,
assistem documentários ou leem guias.
A paixão por viajar e conhecer
o mundo não se relaciona apenas ao gene viajante, mas também à infância, na
qual aprendemos através das brincadeiras e da imaginação. É nesse estágio que é
desenvolvido o interesse para saber o que há além dos limites do lar. Além da
fronteira escolar e do dever de casa, há adultos que ainda sentem a mesma
paixão (ou ainda maior) do que antes.
Texto extraído da internet: Fonte indicada: A
Mente é Maravilhosa
Nenhum comentário:
Postar um comentário