Mãe: palavra pequena, mas com um significado
enorme, porque representa amor incondicional, dedicação e renúncia a si
própria. Será que todas as mães se sentem assim? Não me parece verdadeira esta
afirmação, pois já conheci mulheres que não se sentem abençoadas por terem sido
mães e em muitos casos ainda se culpam por não se sentirem assim. É
interessante como a mulher idealiza muitas coisas, desde uma gravidez sem
maiores transtornos até a vinda de um ser tão delicado, bonzinho e bonitinho.
Uma questão até cultural, porque quando criança, a menina já é instruída a
cuidar da boneca, ou seja, a representação do que é ser mãe, tudo é florido,
lindo, perfeito, não há infortúnio, porém a realidade na vida adulta é bem
outra. A chegada de um recém-nascido representa uma grande mudança na rotina da
família, principalmente na mulher. Ela não consegue conciliar as tarefas, pois
a bebê necessita de cuidados especiais e dormir não faz mais parte do script. O
cansaço toma conta, a vida se torna uma bagunça e o sonho de viver a
maternidade acaba e virando num pesadelo. É compreensível, pois recém nascido é
bem trabalhoso. No decorrer dos anos o trabalho é redobrado, porque adolescente,
desculpa, de um modo geral é pra lá de exaustivo. A rotina de qualquer dona de
casa é desgastante e se não tiver uma boa condição financeira é ainda pior. Na
maioria das vezes tem mais motivos para reclamar do que agradecer pela escolha
de ter sido mãe. E em algum momento da vida se arrependerá por não ter ficado
solteira. Bem, não tem como voltar o tempo, então o melhor é encarar os fatos,
fugir não será a solução e não ficará mais fácil. A relação de duas pessoas é
sempre bem complicada, porque o filho também não consegue entender ou se
colocar no lugar do outro. Existe a reclamação por parte destes de que sua vida
não ficou fácil e ter crescido também trouxe certo desconforto. Conheci vários jovens
que criticam de forma pesada a postura dos pais, principalmente da progenitora.
Por outro lado, como viver de forma mais leve estas relações? A primeira dica
é: Se estiver muito difícil peça ajuda, quer seja das pessoas mais próximas ou
mesmo de um profissional para ter orientação. Dividir as angústias, reconhecer
os limites e ter um tempo para digerir e elaborar as perdas que teve neste período.
É necessário fazer mudanças para ter qualidade de vida e assim ter a
possibilidade de deixar as coisas mais leves. A segunda dica é não tente ser a
perfeita, qualquer ser humano é passível de cometer erros, aprenda a valorizar
a pessoa que é e como é. Mudanças são necessárias em qualquer fase da vida, mas
não precisa se judiar se não estiver conseguindo fazer de forma diferente.
Respeite o seu tempo, não se torture, estamos em constante aprendizado e é
errando que se acerta. Não espero que este artigo seja aprovado por aqueles que
se sentem diferente do exposto, mas reforço que a maioria já se sentiu assim.
São poucos os relacionamentos familiares que não tem conflitos e que em algum
momento da vida não vivenciou sentimentos de culpa, arrependimento ou
frustração. Neste cenário o importante é ser verdadeiro e reconhecer que somos
falhos, é real ter sentimentos negativos e nem sempre é possível ter uma vida
perfeita. Tentar fazer o seu melhor não quer dizer que esta fazendo o certo, se
faz necessário reavaliar, se organizar e se for preciso recomeçar. Não aposte
que ser mãe é padecer no paraíso. Lembre-se, antes de tudo você é um ser humano!
quarta-feira, 31 de maio de 2017
sábado, 20 de maio de 2017
"Pobre que é Rico"
Estava fazendo minha caminhada
matinal e, como sempre não perco o hábito de observar as pessoas que encontro
no meu caminho. Vi dois garis conversando, o que me chamou a atenção foi que a
conversa estava tão animada, que tive a curiosidade de ouvi-los. Então comecei
a andar mais devagar para entender o porquê de tanta alegria. Percebi que o
assunto não era tão engraçado assim, pois contavam uma situação corriqueira de
final de semana, mas um dos homens falava alto e o outro ria muito. Foi bem
interessante ver a forma que papeavam. Fiquei com uma ponta de inveja por
perceber o quanto aqueles homens numa condição tão difícil de trabalho ainda
encontravam maneiras de deixar o dia mais leve. Reforçou aquele ditado: “Rir é o melhor remédio”. Neste momento, outro
pensamento veio e lembrei-me que muitos conseguem divertir-se com tão pouco,
principalmente as pessoas mais humildes que encontram graça de coisas bobas e riem
com facilidade, como os garis. Comportamento este que se torna incomum quando
se tem uma condição financeira melhor, pois já observei indivíduos numa
cafeteria mais sofisticada e a conversa na maioria das vezes se desenrola com o
freio de mão puxado, pois não é permitido rir alto, a ética e os bons costumes
não permitem. A impressão que se tem é que não se consegue achar graça na
simplicidade, a vida se tornou mais séria e não existem motivos para ser tão
feliz. Outro exemplo refere-se aquele
que se tornou tão intolerante, que perdeu até mesmo a educação. Simpatia esta
fora de cogitação e ser arrogante se torna qualidade. Dai uma reflexão: Como tem
sujeito pobre de espirito que independente
da condição social, se torna miserável, egoísta e prepotente. Por outro lado, existem
os que são ricos em sabedoria, humildade, compaixão e pureza. É admirável
conhecer pessoas nesta condição, pois conseguem ser tão generosos que se
dispõem a ajudar mesmo tendo tão pouco. Vale ressaltar que, desta vida nada se
leva, não tem gaveta no caixão, o que restará no final serão somente as
experiências e as lembranças de um tempo que não volta mais. Então, propague o
seu melhor, valorize os bons momentos, a boa conversa, aprenda a rir de si mesmo, achar graça mesmo
quando a situação é pra chorar. Deseja enriquecer
em sua essência, transforme em alguém cheio de energia boa, querido por todos.
Mesmo porque é comum ao envelhecer não se ter tantas possibilidades de
interagir, pois são poucos que permanecerão saudáveis. Crie estes vínculos
enquanto se é jovem, para que os amigos sejam garantia de companhia ao longo
da vida e até o final dela. Enfim, está
na hora de fazer a diferença, espalhar positividade, de se fazer presente de
maneira construtiva com você e com aqueles que te cercam. A transformação deve
ser de dentro para fora, queira ser alguém especial e aproveite todas as coisas
boas, somente assim, é possível ter uma vida plena e de boa convivência.
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