quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Por que os jogos olímpicos são seguidos com tanta paixão?

É incrível o número de pessoas que se deslocam de seus países para a sede dos jogos olímpicos e o mais interessante é perceber o fascínio que o esporte, de um modo geral, exerce sobre esses torcedores. Penso que, independente da modalidade, uma das razões dessa paixão esteja associada ao fato de que na fase inicial do homem em sua infância a atividade física está inserida, ou seja, está enraizada, condicionada a reprodução de jogos. As primeiras brincadeiras giram em torno da bola, depois do pega-pega, cabo de força, pular corda, bandeirinha, corrida, entre outros. Destas brincadeiras, surgem a ideia de competição, aprendizagem de regras e a importância de interagir com o outro. Na adolescência vêm os jogos coletivos, tais como: vôlei, queimada, pingue pongue, handebol, não esquecendo também do uso do skate e bicicleta como instrumento de atividades que proporcionam prazer. Acredito que o fascínio pelas Olimpíadas esteja na possibilidade de se experimentar sensações indescritíveis quando projetamos nos competidores, pela competitividade, motivação, realização e a superação. Através dos atletas estes sentimentos vêm à tona, pois em cada partida se torce, se vibra, se frustra com a derrota, e também, tem-se o prazer da vitória. A identificação com a história de cada esportista muitas vezes retoma a fantasia inconsciente de poder reviver sua própria história. É impressionante o número de pessoas que com tão poucos recursos fazem uma trajetória vencedora, tendo a chance de mostrar seu valor, deixando sua marca e recebendo como recompensa a tão sonhada medalha. Os jogos Olímpicos nos trás a sensação de que podemos ter oportunidades de participar, já que somos competidores desde a meninice.  Em função disso, se permite sonhar, essa é a contribuição, sob a minha ótica, os Jogos Olímpicos, nos faz querer mais, a próxima, independente de onde será disputada. Vale lembrar que, desde a Grécia antiga até os dias atuais os jogos representam aquilo que é nato no ser humano: A competição e a vontade de ganhar! Neste cenário, um bom exemplo de superação é o da Judoca Rafaela Silva, origem humilde, nascida numa favela, sem recursos, tinha tudo para não dar certo e com muita garra, luta e perseverança, conquistou a medalha de Ouro, ou seja, ela representa muito bem o Brasil. Desta forma, é possível afirmar que, a paixão da população pelas Olimpíadas está no reconhecimento com estes personagens. Na capacidade de acreditar que o esporte pode transformar vidas, sendo um agente positivo de mudanças. Enfim, o esporte é tão importante que o reflexo disso é o estádio lotado e os ingressos esgotados. De mais a mais através do esporte que é possível ampliar os conhecimentos, agregar valores e permitir qualidade de vida. 

domingo, 7 de agosto de 2016

Aprenda Ocupar o Tempo!

"A ociosidade produz a ignorância, o trabalho gera o conhecimento." (Jean-Paul Migne). Para ser mais exata, o ocioso é aquela pessoa pouco produtiva, que não se dispõe a fazer nada, e por vezes é incapaz de iniciar um novo projeto. Ficar ocioso não trás benefícios ao contrário, gera angustia, e esta é a causa de muitos males. O idoso, por exemplo, quando desocupado, principalmente quando surge à aposentadoria, tende a se sentir improdutivo. Daí, os sentimentos de inatividade, preguiçoso e de inutilidade vêm à tona, podendo ser comparado a uma máquina que não está mais em funcionamento. Como já dizia a velha frase: Mente vazia é uma oficina para pensamentos negativos. A pessoa fica mais propicia a cometer coisas que fazem mal a alma. Não tem como evoluir sem produção, faz-se necessário se ocupar, mesmo que seja com tarefas das mais simples, tais como: atividade física, artesanato, escrever, criar blog, ler um bom livro, estudar, praticar esportes, ou ainda, fazer algum trabalho voluntário. O sociólogo italiano Domênico de Mais, ficou conhecido, no início do século, por discorrer sobre a importância de se valorizar o tempo ocioso, ele chamou de “ócio criativo”, onde lazer, estudo e trabalho se confundem aumentando a qualidade de vida e a satisfação com os afazeres. Neste conceito, foram estudas as várias formas de preencher a ociosidade com atividades que propusessem a satisfação de sentir-se útil. Contarei uma história que ilustra muito bem esta ideia: Há cinco anos, conheci uma mulher de 76 anos, que estava depressiva justamente por não ter uma ocupação, perguntei o que ela gostava de fazer e mencionou que quando era jovem adorava costurar. Então, lhe propus que começasse a fazer colchas de retalhos e ela concordou. Depois de um período soube que a idosa estava feliz e satisfeita com tantos pedidos de costura, ou seja, além de ocupar o tempo ainda estava ganhando dinheiro. Isto representa que, independente da idade, precisamos aproveitar as oportunidades, otimizar o tempo, preencher o vazio da alma, valorizar os pequenos detalhes e buscar o que te faz bem. Somente assim, é possível encontrar equilíbrio, sentimento de bem estar, motivação e com certeza qualidade de vida. Enfim, mexa-se, busque coisas que possam fazer você sentir-se vivo, faça valer a pena a tua estadia na terra!