Levantar, sacudir a poeira e
dar a volta por cima, nem sempre é fácil quando o assunto é traição. Vale
lembrar que a traição não precisa acontecer somente entre casais, pode ocorrer
entre parente, amigo, chefe ou colega de trabalho. Contudo, no processo de traição envolvem vários sentimentos: decepção, raiva, culpa,
frustração, desesperança, mágoa, rancor, revolta, arrependimento, baixo auto
estima, entre outros. A decepção é um dos sentimentos mais forte, pois se percebe que não
conhecia a pessoa tão bem como pensava. Daí surge a raiva e ao mesmo tempo culpa, uma mistura de sensações e angústias, pois acredita-se que de alguma maneira teve sua contribuição em função do outro tê-lo
traído. Vem também neste cenário a frustração e o pensamento sobre nunca mais
encontrar alguém que possa ser fiel e assim o indivíduo torna a vida num
tormento. Perde-se a esperança de ser feliz novamente e o rancor e revolta vem
à tona. A pessoa traída se compara com a pessoa que foi objeto de
traição, pois em sua imaginação o faz sentir muito inferior, feio, sem graça,
menos inteligente que qualquer indivíduo, a autoestima fica lá
embaixo, porque quando se está magoado, a tendência é a de se culpar ou ficar
buscando explicações. Então, será que é possível ficar bem depois de descobrir
que foi traído? Antes de responder esta questão, faz-se necessário compreender
os motivos reais do “traidor”, pois a infidelidade raramente é questão de sexo.
Geralmente reflete falta de intimidade e necessidades não atendidas. Para
recuperar uma relação que passou por momentos tão difíceis, é necessário
tornar-se mais íntimo do parceiro, passando mais tempo juntos, conversando e
dividindo as coisas. Tentar superar uma traição é difícil, mas impossível
quando apenas uma parte quer. Se a decisão for a de manter a relação, é
importante agir de comum acordo, comprometendo-se a salvar o relacionamento.
Isso inclui abrir espaço para que o parceiro traído manifeste sua dor, raiva e
tristeza, podendo levar anos para ser curado. Todavia, ser compreensivo irá
semear o terreno para uma transformação positiva, em vez de ficar ruminando
sobre a traição. Faça um exercício e pense em todas as características
positivas daquele que cometeu o deslize. Uma das maneiras de superar uma
infidelidade é lembrar os motivos que possibilitaram a união, como na época do
namoro, do casamento, como eram felizes ou repensar nos momentos prazerosos. E
depois, pensar sobre como seria o futuro ideal do casal, incluindo projetos de
vida, planos de viagens e principalmente se ainda permaneceu o sentimento, companheirismo
e cumplicidade. Enfim, busque ajuda em livros, blogs, sites sobre o assunto, o
que ajudará a entender as reações comuns a uma traição. Elimine antigos
pensamentos, comportamentos ou qualquer outro resquício que possa causar outro
ato de infidelidade. Desta maneira, é possível lidar e superar a traição e
tornar a relação melhor do que era.
domingo, 31 de janeiro de 2016
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
Viver Intensamente
Após a morte do
cantor e compositor Chorão (Alexandre
Magno Abrão) uma pessoa fez o seguinte comentário: “o mais importante era viver
intensamente, independente de morrer jovem.” E
acrescentou: “Viver pouco, porém,
ter alcançado a fama, sucesso e no auge das realizações de curto prazo era o
suficiente para ter valido a pena”. Daí vem uma pergunta: Será? Será que não se
pode viver tudo isto, mas na medida certa, sem correr riscos de ferir as
pessoas que estão à sua volta? No caso do cantor que pregava que: “o tempo, às vezes, é alheio à nossa
vontade”, é de se pensar se foi mesmo o suficiente. Porque quando o indivíduo
morre jovem, fica a sensação de que ainda tinha coisas para serem realizadas e
que poderia ter ido mais longe. Além do sofrimento da família e amigos pela
impossibilidade de ter feito alguma intervenção. Neste sentido, até que ponto é
válido o argumento de que viver intensamente é o melhor. Por outro lado, muitas
pessoas tem a falsa ideia de vida longa e se enganam ao pensar que vão durar
para sempre. Por exemplo, ao dirigir em alta velocidade, não se alimentar
corretamente, não fazer nenhuma atividade física, não ir ao médico
regularmente, brincando com a saúde sem se preocupar com o prejuízo que a
prevenção poderia evitar. Existem ainda aqueles que apostam que viver
intensamente é suficiente. Vem outra pergunta para estes egoístas em plantão:
Suficiente para quem? A propósito não seria perfeito, chegar à melhor idade, olhar
para trás e reconhecer que viveu todas as oportunidades. Contudo, ter a
sensação de realização, quer seja pessoal ou profissional. Nesta perspectiva, o
melhor não seria buscar formas de ter qualidade, encontrar prazer nas pequenas
coisas e fazer com que o tempo seja alheio as nossas vontades e não contrário?
Para isto, reveja suas prioridades e necessidades, crie, invente e reinvente
novas formas de tocar a vida. Acredite na capacidade de viver de maneira
saudável e prudente, sem correr riscos ou extrapolar os limites, ainda que
intensamente.
sábado, 23 de janeiro de 2016
Patologia ou Ineficiência no Processo de aprendizagem?
O encaminhamento de crianças com dificuldades de
aprendizagem para atendimento psicoterápico tem crescido de maneira alarmante.
Ao longo do tempo, têm sido rotineiro os consultórios de; Psicologia,
Psicopedagogia Fonoaudiologia ou mesmo da Neurologia receberem crianças com
algum tipo de dificuldade envolvendo as questões escolares. A partir daí parece
que começa uma verdadeira “caça as definições”, de um lado profissionais que
precisam atender a demanda e fazer um bom laudo para justificar seus
honorários. São inúmeras sessões, com os mais variados testes e atividades
lúdicas, para rotular o sujeito que ele é portador de um problema cognitivo. Em
alguns casos, faz necessário prescrever uma medicação para obter um resultado
satisfatório com relação ao seu desempenho escolar. Cria-se nomes para as mais
adversas patologias, algumas que se tornam moda no vocabulário da população,
tal como: Hiperatividade, Déficit de Atenção (TDAH), entre outros. Do outro
lado, a Instituição que ao enviar o aluno tido como “problema”, para os mais
diversos profissionais, se permite ficar
numa posição confortável, pois seu dever foi cumprido e isenta-se das
responsabilidades. Neste cenário, não é permitido existir dúvidas se de fato a
criança necessita de um tratamento multidisciplinar. Parece que se torna mais fácil diagnosticar ao invés de investigar, a partir
de quando o aluno começou a apresentar as dificuldades, ou mesmo identificar
quais são as causas do insucesso escolar.
Vale salientar que não se descarta a possibilidade de uma anormalidade,
porém, além de descobrir que tipo de patologia o sujeito é portador é propor
novas ferramentas que este possa aprender com a mesma condição daquele tido
como “normal”. Partindo deste pressuposto, é de fundamental importância
introduzir inovações educacionais que melhor instrumentalizem os alunos, além
de criar meios que possibilitem a formação continuada a serviço do
professor. Outra melhoria seria oferecer
serviços especiais, tais como; orientação e supervisão para os profissionais na
área da educação, para que estes possam discernir entre patologia de ineficiência.
Nesta perspectiva, este artigo propõe uma reflexão sobre a situação vivida no
âmbito escolar, bem como, identificar de fato o que acontece com a criança que
não aprende. Ou seja, investigar a verdadeira causa do insucesso escolar e o
papel da família, bem como a responsabilidade dos envolvidos neste aspecto. A
partir daí estimular as potencialidades, devolvendo ao sujeito o direito de
aprender, mas antes de tudo aprender a respeitar suas limitações, sem rotular
de que ele não tem êxito porque não tem interesse. Enfim, o corpo docente precisa
desenvolver estratégias para lidar de forma preventiva com o fracasso escolar,
pois a escola carece menos de uma transformação e sim de ser reinventada.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
"A importância de Dizer Não aos Filhos"
Nos últimos tempos, tem sido cada vez mais difícil para os
pais manterem uma posição perante as solicitações dos filhos. Principalmente
saber em que momento se deve dizer "não" a eles, uma vez que, é mais
fácil e confortável agradá-los do que se impor. A questão é que ser pai, vai
além do papel de ser "bonzinho" e fazer tudo que o filho quer.
Afinal, ninguém tem tudo que quer, na hora que quer e como quer. Ser pai é ter
responsabilidade, comprometimento, autoridade, sem autoritarismo, ser firme com
os filhos, para que este aprenda a viver em sociedade. Nesta perspectiva,
parece que o responsável pela educação se perdeu na questão dos limites, de
quando exigir respeito e se impor. Todavia, há de se convir que, para ter tudo
na vida, quando adulto, ele fatalmente terá que ser extremamente competitivo e
provavelmente em muitos momentos será desonesto para conseguir alcançar seus
objetivos. Caso contrário, como aceitar qualquer derrota, qualquer
"não" se nunca lhe fizeram crer que isso é normal. Não se defende a ideia
de que se crie um ser acomodado sem ambições e derrotista. De forma alguma, é o
equilíbrio que precisa existir: o reconhecimento realista de que, na vida às
vezes se ganha, e, em outras, se perde. Enfim, para fazer com que um sujeito
seja um lutador é preciso que desde logo ele aprenda a lutar pelo que deseja
sim, mas com seus próprios recursos, e não fazendo-o acreditar que alguém lhe
dará tudo com facilidade. Satisfazer as necessidades dos filhos é uma obrigação
dos pais, mas é preciso distinguir claramente o que são necessidades do que é
apenas consumismo caprichoso, e acima de tudo, reforçar que todas as pessoas
têm direitos e também obrigações.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
"O Azar mora ao Lado"
O ser humano é provido de muitas crenças, crendices, manias
e fantasias. Quem nunca se pegou beijando o pão que caiu? Afinal jogar o pão no
chão é pecado! Ou então desvirando um chinelo, pois um dia alguém lhe disse que
a mãe poderia morrer se não o fizesse. Existem tantas crenças e manias que algumas
delas passam a se tornar rituais. Rituais estes que ultrapassam a normalidade
gerando, muitas vezes, transtornos e situações angustiantes. Por exemplo, o
indivíduo que tende a dar pulinhos para encontrar um objeto perdido, ou não
cruzar com gato preto, ou ainda evitar passar debaixo de escada, alegando que o
azar virá e coisas malignas poderão acontecer. Pior ainda quando se trata de
algo relacionado à religião, sendo comum surgirem outras crenças e daí torna-se
rituais que se instalam e permanecem por toda a vida. Não se pretende neste
artigo criticar a fé das pessoas ou mesmo da escolha de uma religião, porém, é
importante entender e separar o que é fé, de manias, rituais, crendices ou
mesmo de fantasias. Outro bom exemplo acontece quando o sujeito recebe uma
proposta de emprego, e por sua crendice não lhe é permitido falar a ninguém,
sob pena de tudo dar errado e ele pode perder a oportunidade do trabalho. Por outro
lado, quando se tem uma noticia ruim, ninguém poupa ninguém! Então, o locutor
desembesta a falar das suas angústias sem ao menos pensar se de fato o outro
quer ouvir. Ou seja, tem-se a ideia de que a situação nefasta não passa para
outra pessoa. Outrossim, se for uma situação positiva faz-se necessário guardar
a sete chaves aquela informação para não causar inveja e perda. Estes
sentimentos não podem permear a vida dos
seres humanos e não digo que não somos providos de sentimentos assim, mas é
preciso investigar se não tornou-se um problema e consequentemente tratá-lo.
Concomitantemente, a Psicologia possibilita identificar o que era normal e que
passou a ser patológico e assim entender o que de fato é realidade ou
pensamento distorcido ou ainda, desmistificar as crenças. É fundamental
aprender a enxergar se os rituais não estão fora de controle e perceber o que
realmente serve para construção de objetivos e metas. Por fim, levar em
consideração o que de fato é real para uma vida saudável e ter liberdade de fazer escolhas sem qualquer pensamento supersticioso.
sábado, 9 de janeiro de 2016
Ser Realista Sem Perder o Otimismo!
É provável
que muitas pessoas subestimem o estado de felicidade como algo impossível de
acontecer. De fato, ser feliz tendo contas a pagar, dificuldades no
relacionamento familiar e afetivo, falta de tempo para se organizar e com
problemas de saúde, entre outros, fica difícil acreditar que o ser humano possa
vivenciar momentos de felicidade. Por outro lado, quando sonhamos, recarregamos
toda a energia para algo positivo. Neste sentido, a Psicologia Positiva desenvolvida
por Martin Seligman enfatiza que ter a intenção de experimentar mais emoção
positiva a probabilidade de diminuir a carga negativa é maior, ou seja, o
pensamento positivo aniquila o negativo, fazendo com que o individuo administre
melhor seus sentimentos. Todavia, ser realista é fundamental principalmente na
hora de fazer escolhas, porém, sonhar não faz mal a ninguém. Desta maneira,
pessoas que passam o dia ou mesmo semanas agarrados aos problemas, acabam não
conseguindo enxergar soluções, pois focaliza toda energia para as dificuldades.
Pesquisas revelam que os pessimistas desistem com mais facilidade e instalam
pensamentos automáticos e crenças de que não vão conseguir, sem ao menos
tentar. Existem ainda aqueles que parecem a Hiena (Hardy) da Montanha: passa o
tempo se lamentando: “Oh vida, oh céus.” Há ainda aqueles que apostam na
felicidade comprada, numa tentativa de compensação, vão às compras e gastam
além do que se pode pagar. Se você se vê nestas condições, pare e comece a
pensar: O problema existe, agora precisa encontrar a solução para este. Está na
hora de enxergar um novo rumo, nenhum ser humano nasceu para sofrer, talvez
pequenas mudanças de atitudes possam fazê-lo descobrir um novo caminho. Aprenda
a rir com facilidade, achar graça e prazer nos mínimos detalhes, tenha um olhar
voltado para as pequenas coisas. Lembre-se do que realmente importa e construa
uma nova forma de viver a vida, pois tudo passa: Não há mal que dure para
sempre.
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