Como ajudar alguém que não quer ser ajudado?

Não tem receita pronta ou fórmula mágica para ajudar alguém que não quer ser ajudado! Não adianta os familiares internar o dependente químico numa clínica de recuperação se este não tem vontade de livrar-se do vicio. É necessário entender que a pessoa só vai sair da dependência se realmente tiver empenhada nisso. Neste caso, é possível afirmar que o individuo desistiu de viver e não consegue ter esperança de dias melhores. O desejo maior é o de morte, pois vai se destruindo a cada gole, tragada de cigarros, baforada de Narguilé, uso de entorpecentes, ou ainda na compulsão alimentar. O corpo vai sendo destruído, hábitos alimentares que num primeiro momento poderia até parecer inofensivo, mas comer de forma compulsiva é prejudicial, denota descontrole, maneira de compensar e tampar um buraco. Este tipo de comportamento muitas vezes esconde problemas psicológicos que vão além da compreensão do próprio sujeito. Daí, não adianta pegar no pé de quem está fora do peso, apontar o dedo faz o individuo sentir-se mais ansioso e frustrado e por fim comerão ainda mais. Sedentarismo se faz presente naquele que se alimenta descontroladamente, podendo acarretar problemas cardíacos, câncer, acidente vascular cerebral (AVC) e diabetes, geralmente, é de alto risco com  mortalidade alta. Outro ponto refere-se às atividades que aparentemente inocentes como beber socialmente ou fumar Narguilé com um grupo de amigos. Neste é fundamental explicar que o Narguilé faz tanto mal ou mais que o cigarro, pois pode ser equivalente a fumar 100 cigarros de uma única vez. Vale ressaltar que, é fundamental entender que cada pessoa tem direito ao seu corpo e fazer dele o que bem entender. Com relação à dependência química em sua maioria é um suicida em potencial, em alguns casos a vida não faz sentido, se é que um dia fez, então pra que investir.  A impressão que se tem é que não tem mais o que fazer para amparar aquele que está se destruindo. É triste sentir-se impotente diante de tal situação. Por outro lado, nem tudo está perdido, às vezes parece que o sujeito não quer sair do problema, mas está pedindo ajuda através de outras formas de comunicação, como por exemplo, quando se torna agressivo. Esta maneira de agir em vários casos pode ser um pedido de socorro.  Então, o que pode ser feito para minimizar os estragos feitos por estes seres? O primeiro passo é procurar respeitar o direito do outro, porque se ele não quiser mudanças, não tem o que fazer. Consequentemente,  cairá em um dos três fatídicos “C”, ou seja, clinica, cadeia ou cemitério, isso é fato! Cada qual faz a sua própria escolha e isso deve estar claro, mas se o dependente de fato quer ajuda, deve buscar orientação com profissionais da saúde. O segundo passo você deve ser paciente, perseverante e não deixá-lo cair no abandono. Somente assim, é possível o ente querido fazer a escolha certa para sua recuperação e ter qualidade de vida.   

Psicólogo, psicoterapeuta e psicanalista: qual a diferença?

Antes de descrever as diferenças destes profissionais, é importante ressaltar que todos estão engajados no bem-estar e, consequentemente, aos cuidados com a saúde física e mental do cliente, porém, utilizando abordagens especificas e curso diferenciado para cada profissional. No caso do psicólogo, por exemplo, a formação acadêmica tem duração de cinco anos. Após este período a pessoa já pode atender em clínicas, hospitais, instituições socais, escolas, entre outros. No tratamento psicológico o principal objetivo é a cura pela fala uma vez que é possível, através da medição verbal e técnicas,  investigar as causas, identificar os conflitos, minimizar ou remover as dificuldades, proporcionar mudanças de comportamento, chegando assim a superação dos conflitos emocionais. É importante enfatizar que após o processo terapêutico muitos indivíduos obtêm melhoras e conseguem ter qualidade de vida. Igualmente, é preciso esclarecer que em alguns casos há a necessidade da avaliação de outros profissionais, tais como psiquiatra ou neurologista. Vale ressaltar que psicólogo é todo aquele que concluiu os quatro anos de faculdade, conseguindo o título de bacharel, podendo assim, exercer a função de psicólogo em determinados campos da psicologia, por exemplo, na área de recursos humanos. Porém, para atender em clínica é necessário fazer mais um ano de especialização para se tornar um psicoterapeuta. A nomenclatura terapeuta pode ser também utilizada por pessoas que ajudam o indivíduo através de tratamentos alternativos. Sendo fundamental a formação específica para cada área de atuação, mas não precisa ser psicólogo para ser terapeuta. Exemplificando, pessoas que atuam como terapeuta ocupacional ou holístico. Já o psicanalista é um perito que, após a formação acadêmica em psicologia ou medicina, se especializa numa instituição psicanalítica. O curso de psicanálise normalmente tem duração de dois anos e existem várias linhas de atuação. O pioneiro nesta abordagem foi Sigmund Freud, considerado o pai da Psicanálise, seus estudos tem como base a teoria da personalidade. Caso você precise dos serviços de alguns desses especialistas, é essencial pesquisar sobre o profissional, oriente-se e certifique-se que este poderá lhe ajudar, para que obtenha êxito no tratamento. Avalie o que mais se aproxima da sua necessidade, fique atendo para não cair nas armadilhas, pois, infelizmente, tem muitas pessoas utilizando títulos sem a devida formação.

"Generosidade quando passa a ser defeito"

É gratificante conhecer pessoas generosas, que tem a bondade no olhar, que se compadecem diante do sofrimento alheio, que tem compaixão, empatia, ou seja, pessoa que se dedica aos outros, características da personalidade de quem é altruísta. Embora esta atitude seja admirável, quando se torna demais deixa de ser bonito e passa ser injusto, pois infelizmente o ser humano não valoriza tal comportamento e acaba abusando dos dedicados. Por outro lado, tem generosos que reforçam este movimento, pois acreditam que são insubstituíveis, quer seja no campo profissional, familiar ou no relacionamento amoroso. Quantas vezes sujeitos reclamam que a família não colabora, mas basta algo sair errado que o magnânimo assume o comado. Tomam para si toda a responsabilidade, trabalha mesmo doente, tem dificuldades para dizer não, em impor-se, evitam a qualquer custo ter alguma indisposição, e daí não consegue ser nenhum pouco  egoísta.  Alias esta palavra egoísmo não está em seu vocabulário, pois a generosidade impera. Pensa que ser bom ao extremo lhe garantirá vida eterna e parece que acredita que esta recompensa chegará.  Engana-se!  A gratidão é difícil de ser encontrada, está em baixa, poucos são aqueles que reconhecem os benefícios que estão recebendo. Nesta expectativa, é melhor esperar sentado, porque de pé vai se cansar. Em muitos casos, o beneficiário ainda acha ruim e reclama se algo não sair como previsto, passando a ser uma obrigação do benevolente. Desta maneira, quanto mais generoso um, mas o outro se torna egoísta e quanto mais egoísta, mais generoso aquele será com certeza. Ai, amigo, não tem jeito, não existe igualdade neste tipo de relação, prevalece o que foi prometido, somente um dos lados tem vantagens.  Ser bonzinho o tempo todo gera dependência, comprometimento, responsabilidade e exige anular-se, porque não existe troca, se tem desigualdade. Não sinta que tem obrigação de fazer coisas legais e que favoreça somente uma ponta.  O dia que deixar de fazer algo de bom passará ser a pessoa mais ingrata que passou pela terra. O mais cruel disso tudo é que muitos gostam de se colocar nesta posição, pois o discurso é sempre o mesmo: Se eu não fizer, ninguém o fará! Como assim? Então se tu morrer, o mundo acabará para todos que estão a tua volta?  Vale ressaltar que, você não é imortal, pode ter certeza que se morrer os cidadãos vão se virar sozinhos. Então, acorda, aprenda a ser firme, torne alguém de obrigações, mas também com direitos. Delegue responsabilidades, assuma o controle da tua vida, não deixe que te suguem, seja um pouquinho egoísta e se ame acima de tudo. Lembre-se, o tempo passa muito rápido, saiba viver melhor e faça novas escolhas.  Entenda que ser generoso demais às vezes pode ser um defeito!