segunda-feira, 27 de março de 2017

Como ajudar alguém que não quer ser ajudado?

Não tem receita pronta ou fórmula mágica para ajudar alguém que não quer ser ajudado! Não adianta os familiares internar o dependente químico numa clínica de recuperação se este não tem vontade de livrar-se do vicio. É necessário entender que a pessoa só vai sair da dependência se realmente tiver empenhada nisso. Neste caso, é possível afirmar que o individuo desistiu de viver e não consegue ter esperança de dias melhores. O desejo maior é o de morte, pois vai se destruindo a cada gole, tragada de cigarros, baforada de Narguilé, uso de entorpecentes, ou ainda na compulsão alimentar. O corpo vai sendo destruído, hábitos alimentares que num primeiro momento poderia até parecer inofensivo, mas comer de forma compulsiva é prejudicial, denota descontrole, maneira de compensar e tampar um buraco. Este tipo de comportamento muitas vezes esconde problemas psicológicos que vão além da compreensão do próprio sujeito. Daí, não adianta pegar no pé de quem está fora do peso, apontar o dedo faz o individuo sentir-se mais ansioso e frustrado e por fim comerão ainda mais. Sedentarismo se faz presente naquele que se alimenta descontroladamente, podendo acarretar problemas cardíacos, câncer, acidente vascular cerebral (AVC) e diabetes, geralmente, é de alto risco com  mortalidade alta. Outro ponto refere-se às atividades que aparentemente inocentes como beber socialmente ou fumar Narguilé com um grupo de amigos. Neste é fundamental explicar que o Narguilé faz tanto mal ou mais que o cigarro, pois pode ser equivalente a fumar 100 cigarros de uma única vez. Vale ressaltar que, é fundamental entender que cada pessoa tem direito ao seu corpo e fazer dele o que bem entender. Com relação à dependência química em sua maioria é um suicida em potencial, em alguns casos a vida não faz sentido, se é que um dia fez, então pra que investir.  A impressão que se tem é que não tem mais o que fazer para amparar aquele que está se destruindo. É triste sentir-se impotente diante de tal situação. Por outro lado, nem tudo está perdido, às vezes parece que o sujeito não quer sair do problema, mas está pedindo ajuda através de outras formas de comunicação, como por exemplo, quando se torna agressivo. Esta maneira de agir em vários casos pode ser um pedido de socorro.  Então, o que pode ser feito para minimizar os estragos feitos por estes seres? O primeiro passo é procurar respeitar o direito do outro, porque se ele não quiser mudanças, não tem o que fazer. Consequentemente,  cairá em um dos três fatídicos “C”, ou seja, clinica, cadeia ou cemitério, isso é fato! Cada qual faz a sua própria escolha e isso deve estar claro, mas se o dependente de fato quer ajuda, deve buscar orientação com profissionais da saúde. O segundo passo você deve ser paciente, perseverante e não deixá-lo cair no abandono. Somente assim, é possível o ente querido fazer a escolha certa para sua recuperação e ter qualidade de vida.   

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