segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Destino Existe?

Conhecer pessoas que parecem terem feito parte de nosso passado, escapar de acidentes, perdendo voo e, assim, livrar-se da queda do avião, ter notícias que houvera um tiroteio no local em que passaria  se não tivesse errado o caminho, estas entre tantas outras situações que por vezes são inexplicáveis. Seria destino, sorte, azar, coincidência ou existe algo misterioso regendo o caminho do ser humano?  Ou seria mesmo o destino trabalhando para mudar a vida das pessoas ou, ainda, o indivíduo é capaz de reger seu próprio caminho? De acordo com alguns pensadores “destino” é a personalização da fatalidade a que supostamente estão sujeitos todas as pessoas, que de certa forma envolve a ideia de um futuro predeterminado, englobando assim paradigmas como destinação, direção, rumo, sorte, fado ou ainda o que há de acontecer. Para muitos vem da crença de que tudo está determinado e não tem como escapar do que está reservado e assim o futuro é tão inalterável quanto ao passado. Por outro lado, Einstein afirmou em sua teoria que: A distinção entre passado, presente e futuro é uma ilusão e que a realidade está na próxima página”. Ou seja, para ele, bem como para a ciência não existe destino e sim consequências da própria escolha. Com base nessa teoria, o ser humano é fruto de suas escolhas! Ora, acreditando em destino ou não, é importante traçar objetivos e metas a serem alcançadas, ou melhor, ir à luta para a concretização de conquistas. Buscar meios para que este tal destino seja menos insensato e desta forma, não deixar que o medo tome conta do que está por vir. Todavia, faz-se necessário escolher a direção que parecer mais apropriada e tentar não desperdiçar as possíveis oportunidades que possam surgir em sua vida. E ainda assim, se você ficar na dúvida se existe um destino pré-determinado, lembre-se que fugir não é a melhor saída. Encare as adversidades e torne-se um facilitador do seu próprio caminho. Contudo, viva cada minuto como se fosse o último e com responsabilidade, é claro! Afinal, não é prudente apostar na sorte, ou no misterioso destino. 

domingo, 21 de fevereiro de 2016

"Cada Um Com os Seus Problemas"

Esta frase faz parte de uma rima infantil “Ema, Ema, Ema, cada um com os seus problemas”, mas que faz parte da vida de muitos indivíduos, porém, daqueles que carregam os problemas dos outros em seus ombros. É interessante como há pessoas que tem o dom de absorver o problema do outro. Pode ser de parentes, amigos ou colegas de trabalho, basta alguém contar alguma dificuldade, que lá esta o sujeito buscando solução para o  problema, ou melhor, sendo responsável pela resolução dos conflitos alheios. Exemplo disso, quando num grupo familiar sempre tem aquele que a família pode contar, seja para dar um conselho, cuidar dos sobrinhos, levar os pais ao médico ou ainda, aquele que é visto como uma agência bancária, pois todos o procuram quando precisam de dinheiro. Desta forma, deposita-se toda a responsabilidade da casa num único sujeito e assim o favorecido isenta-se de qualquer obrigação. Contudo, aquele tido como “responsável” age como se não houvesse alternativas, já que se nomeia a apresentar à solução para todos os infortúnios familiares. Então é comum se instalar certos tipos de comportamentos; Dependência, omissão, folga, segurança, entre outros. Desta maneira, parece que caí bem aquele ditado: “Onde existe um folgado, há sempre um sobrecarregado”. Neste contexto, parece que este papel de  “sobrecarregado” é uma obrigação de um e o de “vítima” de outro e quanto mais dependentes maior a sobrecarga. Concomitantemente, este cenário faz lembrar a Parábola do Page, que passou a vida toda cuidando da sua tribo. Aos 96 anos faleceu e os índios que estavam ao redor de seu corpo, se questionavam como seria sua vida sem o Cuidador. Em nenhum momento se colocaram ou se perguntaram como teria sido a vida daquele sujeito, ou seja, eles ainda estavam preocupados consigo mesmo. Agora se você se vê no papel do Page da aldeia, digo-lhe: Acorde! Comece a libertar-se deste papel em que você mesmo se colocou, porque as pessoas só fazem aquilo que se é  permitido. Seja o primeiro a olhar para você e lembre-se o problema é dele e não seu. Todavia, as responsabilidades podem ser divididas, mas cada um tem o dever de assumir o seu papel. Por outro lado, se você é aquele que costuma depositar no outro as suas dificuldades, também digo-lhe: Saia da zona de conforto! Porque nem sempre terás alguém para solucionar seus problemas, às vezes, pode até ser que alguém lhe ajude, mas somente você será capaz de decidir e resolver seus conflitos quer seja de ordem emocional, financeira ou familiar: Vá à luta e não busque no outro o que está dentro de você. Quem não enfrenta as dificuldades, não consegue sentir o sabor da vitória. Lembre-se: “O problema é teu e não do outro”.  

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

"Aprenda a Controlar Seus Impulsos"

Se você é daqueles que reage facilmente a uma determinada situação com agressivamente, fica irritado com pequenas coisas e desconta no primeiro que aparece na sua frente, ou ainda, fica frustrado quando considera que algo não está sob controle. Está na hora de rever sua capacidade de tolerar as pressões, bem como, a aprender a controlar sua impulsividade.  Neste contexto, os impulsos são reações que determinam muitas vezes o comportamento de qualquer ser vivo e no que diz respeito ao ser humano, este depende sempre do quanto de controle interno ou externo existe. Como por exemplo, a sensação de fome: Você está atarefado e sente fome, quer comer. Porém, precisa terminar algo que está fazendo antes de ir comer. A essa capacidade de adiar, se dá o nome de controle interno. Por outro lado, o controle externo é uma limitação, que provém de uma situação externa. Suponhamos que você está apaixonado por uma mulher e descobre que ela já é comprometida. Este é um controle externo, ou seja, uma condição que o impede de namorar a pessoa. Todavia, quando um indivíduo não tem controle sobre seus impulsos tanto interno como externo, a falta deste pode ocasionar angústia ou mesmo desordem no controle dos impulsos. Vale ressaltar que, se houver excesso de controle pode ser tão ruim quanto à inexistência dele. Muitas pessoas ficam extremamente inibidas e impossibilitadas de fazerem coisas que gostam e lhes dão prazer porque tem um controle excessivo. Tal excesso de controle pode dar origens a algumas patologias que são demolidoras para o sujeito. O grande segredo é o bom senso para o equilíbrio destas duas ordens. Enfim, lembre-se que a falta ou excesso de controle pode trazer danos e se você for impulsivo, não relacione este comportamento como alguém sincero e que diz tudo que vem a tona, pois poderá ferir aqueles que estão ao seu lado. Procure identificar e perceber como andas a tolerância, paciência ou impulsividade e crie meios de modificar estes sentimentos. Mudança de atitude é o melhor caminho para uma boa convivência entre os pares e se for difícil de fazê-lo sozinho procure ajuda de um profissional, a terapia pode ajudá-lo a superar as dificuldades.    

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Filhos: Porque Tê-los?

Quando o filho nasce na maioria das vezes vem como sinal de muita felicidade, desde a concepção até o nascimento os sentimentos se misturam entre as famílias, um misto de insegurança, ansiedade, expectativas, mas também de muito amor para o recém chegado. Afinal, ver aquele ser tão inofensivo, tão pequenino e com tanta doçura no sorriso nos faz acreditar que tudo vale à pena. E como vale! Por outro lado, no período da amamentação não tem a menor possibilidade de noites tranquilas, mesmo que a criança seja sossegada, pois de três em três horas é necessário se levantar para alimentá-la. Além disso, nos primeiros meses o filho requer muitos outros cuidados. Com a vinda do pequeno é natural acontecer mudanças no âmbito familiar, mudanças estas que nem sempre se tornam positivas, pois requer abrir mão de muitas coisas, podendo ocasionar  sérias consequências no futuro.  Como por exemplo, a cobrança por parte dos pais de acreditarem que fizeram o seu melhor e sentem injustiçados por não terem a troca esperada. Neste perspectiva, com o passar dos anos a criança desenvolve comportamentos e características que não estavam prescritos no manual da vida, se é que se pode assim dizer.  Daí surgem as dificuldades de se impor limites e de se posicionar como autoridade, pois a criança  torna-se mimada, rebelde, egoísta, entre outros pontos negativos. Cria-se uma inversão de papéis, a relação muitas vezes parece mais de irmãos do que pais e filhos. Contudo, a criança percebendo a fragilidade dos responsáveis, manipula para que eles passem a fazer o que ela determina. Nos últimos tempos, em muitos lares os genitores têm medo dos filhos e estes são os que ditam às regras. Fato este constatado nos atendimentos efetuado no consultório. É impressionante o número de mães com o mesmo discurso: Eu peço, mas ele(a) não faz, ou ainda, ele(a) não me obedece, não sei mais o que fazer. Detalhe, em muitos casos são crianças entre 05 a 10 anos. Vem uma simples pergunta: Como assim, ele(a) não te obedece?  É incrível perceber o quanto os pais estão à mercê da soberania dos filhos. Não dá para aceitar um filho com tão pouca idade não respeitar as regras e normas de uma casa. Então, o que será que aconteceu com as famílias? Porque entre as décadas de 30 até a década de 70, bastava os pais  olharem para o filho que este já sabia que não podia desrespeitar-los, pois eram a autoridade maior. Entretanto, existia hierarquia, filho tinha ciência do lugar que ocupava na dinâmica familiar. É claro que também existiam situações negativas com relação ao excesso de autoridade comum nesta época. Nesta perspectiva, o ideal era restaurar o respeito do passado e ajustá-lo ao presente, ou seja, nem tanto autoritarismo e nem tanta liberdade. Desta forma, é fundamental repensar nos valores, principalmente no respeito e na disciplina. Afinal de contas, educação começa em casa!