sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Filhos: Porque Tê-los?

Quando o filho nasce na maioria das vezes vem como sinal de muita felicidade, desde a concepção até o nascimento os sentimentos se misturam entre as famílias, um misto de insegurança, ansiedade, expectativas, mas também de muito amor para o recém chegado. Afinal, ver aquele ser tão inofensivo, tão pequenino e com tanta doçura no sorriso nos faz acreditar que tudo vale à pena. E como vale! Por outro lado, no período da amamentação não tem a menor possibilidade de noites tranquilas, mesmo que a criança seja sossegada, pois de três em três horas é necessário se levantar para alimentá-la. Além disso, nos primeiros meses o filho requer muitos outros cuidados. Com a vinda do pequeno é natural acontecer mudanças no âmbito familiar, mudanças estas que nem sempre se tornam positivas, pois requer abrir mão de muitas coisas, podendo ocasionar  sérias consequências no futuro.  Como por exemplo, a cobrança por parte dos pais de acreditarem que fizeram o seu melhor e sentem injustiçados por não terem a troca esperada. Neste perspectiva, com o passar dos anos a criança desenvolve comportamentos e características que não estavam prescritos no manual da vida, se é que se pode assim dizer.  Daí surgem as dificuldades de se impor limites e de se posicionar como autoridade, pois a criança  torna-se mimada, rebelde, egoísta, entre outros pontos negativos. Cria-se uma inversão de papéis, a relação muitas vezes parece mais de irmãos do que pais e filhos. Contudo, a criança percebendo a fragilidade dos responsáveis, manipula para que eles passem a fazer o que ela determina. Nos últimos tempos, em muitos lares os genitores têm medo dos filhos e estes são os que ditam às regras. Fato este constatado nos atendimentos efetuado no consultório. É impressionante o número de mães com o mesmo discurso: Eu peço, mas ele(a) não faz, ou ainda, ele(a) não me obedece, não sei mais o que fazer. Detalhe, em muitos casos são crianças entre 05 a 10 anos. Vem uma simples pergunta: Como assim, ele(a) não te obedece?  É incrível perceber o quanto os pais estão à mercê da soberania dos filhos. Não dá para aceitar um filho com tão pouca idade não respeitar as regras e normas de uma casa. Então, o que será que aconteceu com as famílias? Porque entre as décadas de 30 até a década de 70, bastava os pais  olharem para o filho que este já sabia que não podia desrespeitar-los, pois eram a autoridade maior. Entretanto, existia hierarquia, filho tinha ciência do lugar que ocupava na dinâmica familiar. É claro que também existiam situações negativas com relação ao excesso de autoridade comum nesta época. Nesta perspectiva, o ideal era restaurar o respeito do passado e ajustá-lo ao presente, ou seja, nem tanto autoritarismo e nem tanta liberdade. Desta forma, é fundamental repensar nos valores, principalmente no respeito e na disciplina. Afinal de contas, educação começa em casa!

2 comentários:

  1. ...POR QUE TE-LOS?
    Pelo prazer de se ver pais. Todos sabemos que teremos prazeres, alegrias mas...teremos, sim, preocupações, tristezas, conflitos.
    Mas essa é a vida. Se quisermos só alegria...sera dificil.

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  2. Muito bom o teu comentário, com certeza na vida qualquer escolha vem com ganhos, mas também com perdas. O importante é saber o que queremos ganhar ou perder.

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