O Transtorno de Personalidade
Histriônica faz parte da lista dos transtornos de personalidade citada no livro
Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais, do autor Paulo
Dalgalarrondo.
Esse transtorno é comum tanto
aos homens quanto às mulheres e sua manifestação ocorre, geralmente, no início
da idade adulta.
Sobre o sujeito “histriônico”,
é possível citar as seguintes características e comportamentos: Ele é
extremamente exibicionista e dependente da aprovação alheia. É como, se, para
ele, a vida só fizesse sentido se ele for o centro das atenções. Ele adora
aplausos e holofotes e entende que o universo gira em torno dele.
O histriônico
possui baixa tolerância à frustração e é capaz de entrar em depressão se
perceber que não foi devidamente reconhecido. Ele é movido a elogios e
paparicos.
Ele é estratégico ao escolher
um grupo com a finalidade de se sobressair nele. Bastante sedutor, inclusive
usa comportamentos eróticos em contextos que não convém, como por exemplo,
diante de um juiz ou numa consulta com um dentista.
O combustível dele são os
aplausos, e, caso perceba que foi ignorado ou menosprezado, ficará
profundamente ressentido e irado, chegando ao ponto de usar artifícios
antiéticos para prejudicar um suposto concorrente, como fofocas, mentiras e
acusações infundadas.
É bastante dramático e superficial,
valorizando em demasia os aspectos externos. Tudo gira em torno da vaidade e
aparência. Ele costuma forçar uma intimidade que na realidade não existe com as
pessoas, chegando ao ponto de chamar de “meu melhor amigo” uma pessoa que
conheceu há meia hora. Nos relacionamentos interpessoais, tudo flui bem se ele
estiver sendo tratado como uma celebridade, do contrário, será um verdadeiro
transtorno, ele não admite a possibilidade de ficar neutro em nenhum ambiente.
Para isso ele poderá usar roupas provocantes e espalhafatosas, falará alto e
gesticulando muito, contará piadas, enfim, qualquer coisa vale para que ele
seja notado.
Nos relacionamentos amorosos,
ele percebe o parceiro como um súdito que deverá sempre render louvores a ele.
Quanto mais elogio e endeusamento de seus atributos, melhor. E caso o parceiro
deixe de elogiá-lo da forma que ele entende como ideal, ele buscará outra
pessoa para essa missão. Acaba que, para o histriônico, o parceiro ideal não
precisa de muitos atributos, ele só precisa ter a capacidade de elogiar muito,
e isso acaba tornando-o bastante vulnerável, uma vez que qualquer pessoa boa de
lábia serve para relacionar-se com ele, independente do caráter e das
intenções.
O diagnóstico é bastante
difícil porque, no geral, os histriônicos não se percebem como pessoas que
precisam de tratamento ou que tenham algum distúrbio.
Entretanto, aqueles que admitem
a necessidade de uma avaliação psiquiatra, sendo diagnosticado como portador
desse transtorno, terão como indicação a
psicoterapia, em especial a da teoria psicanalítica que o ajudará na
identificação das suas emoções mal resolvidas, como por exemplo, a intolerância
às frustrações e a Teoria Cognitiva Comportamental que o auxiliará na
desconstrução dos pensamentos distorcidos.
Contudo, vale salientar que,
para um comportamento chegar ao ponto de ser alvo de indicação para um
diagnóstico é necessário que haja algum prejuízo para o suposto portador e/ou
para aqueles que fazem parte do seu ciclo de convivência, do contrário, deverá
ser visto como característica da personalidade da pessoa, afirma o psiquiatra
Micael Suzuki.
Texto extraído da internet: www.psicologiasdobrasil.com.br/personalidade-histrionica-necessidade-patologica-de-ser-o-centro-das-atencoes
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