segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Laços Familiares: Quem é Quem?

Há tempos estudiosos e pesquisadores analisam o perfil das famílias e a ordem em que os filhos ocupam na dinâmica familiar, na busca de possíveis sinais que possam provocar mudanças de comportamento com relação à ordem de nascimento. Desta maneira, são criados certos estereótipos e pode parecer loucura ou pura coincidência, mas são bem comuns algumas características de personalidade na construção da ordem. Por exemplo, o filho mais velho, ou seja, o primogênito, o nome já revela é o primeiro a chegar ao âmbito familiar, vem carregado de vários sentimentos, desde a insegurança de cuidar de um ser tão pequeno; até a superproteção, pois se coloca toda a energia aos cuidados do recém-nascido. Devido à inexperiência por parte dos pais, se cometem muitos erros nesta fase. Normalmente, por um tempo, é o rei do pedaço, tem todos os direitos e os responsáveis canalizam sua atenção de forma a protegê-lo. E se for o primeiro neto, tanto do lado materno, como no paterno, fica ainda pior este cuidado. Contudo, quando nasce o segundo filho, o primogênito sofre, pois ele é destronado, requer-se que ele se desprenda da zona de conforto e inicia-se um cenário diferente do que estava acostumado. Toda atenção dos pais era dele e com a chegada do irmão, isso acaba e ele passa a ter muitas obrigações e poucos direitos. Dentro desta ótica, não há porque ele se sentir feliz com a chegada de um irmão e costuma reagir com ciúmes, raiva, desobediência e rebeldia. Daí apresenta uma nova característica de comportamento, abrindo espaço para uma nova personalidade, o filho mais velho torna-se autoritário, normalmente o líder e que deve cuidar dos irmãos, passando ser exemplo. O segundo filho é sempre cercado de preconceitos, principalmente se num curto período nasce outra criança. Os filhos intermediários não têm a autoridade dos mais velhos e nem a liberdade dos mais moços. Normalmente é aquele esquecido por todos, ou melhor, tivera pouca atenção e às vezes este se sente meio que abandonado, como se suas necessidades não fossem tão importantes quanto às dos irmãos. Todavia, este posto em partes facilita sua vida, pois é menos cobrado, torna-se a pessoa mais sensata. Emocionalmente deveria ser o mais saudável, exatamente porque foi criado com menos ansiedade, com mais experiência e mais acertos por parte dos pais. Já o caçula, sendo o último, recebe tanta atenção dos pais quanto de um filho único, é o mais protegido e mimado pela família. É visto como um bebê que precisa de toda proteção, porque para os pais é a última experiência e assim não impõe limites. Tem-se a impressão que os pais ficam seus reféns, o que acaba infantilizando a criança. É comum tornar-se manipulador, egoísta, inseguro, imaturo e despreparado para vida. E se a família constitui de um único filho, o resultado é o mesmo, uma vez que, tende a pensar que o mundo giro ao seu redor, busca saciar uma carência sem fim e acredita que é o rei do pedaço. É importante enfatizar o papel dos pais, pois são os responsáveis por lapidar e formatar estes sujeitos, independente da ordem que os filhos nasçam, deve tratá-los com igualdade para que entendam que foram criados de forma justa, sem privilégios e quem sabe assim, os estereótipos sejam menos evidenciados.

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