Após a morte do
cantor e compositor Chorão (Alexandre
Magno Abrão) uma pessoa fez o seguinte comentário: “o mais importante era viver
intensamente, independente de morrer jovem.” E
acrescentou: “Viver pouco, porém,
ter alcançado a fama, sucesso e no auge das realizações de curto prazo era o
suficiente para ter valido a pena”. Daí vem uma pergunta: Será? Será que não se
pode viver tudo isto, mas na medida certa, sem correr riscos de ferir as
pessoas que estão à sua volta? No caso do cantor que pregava que: “o tempo, às vezes, é alheio à nossa
vontade”, é de se pensar se foi mesmo o suficiente. Porque quando o indivíduo
morre jovem, fica a sensação de que ainda tinha coisas para serem realizadas e
que poderia ter ido mais longe. Além do sofrimento da família e amigos pela
impossibilidade de ter feito alguma intervenção. Neste sentido, até que ponto é
válido o argumento de que viver intensamente é o melhor. Por outro lado, muitas
pessoas tem a falsa ideia de vida longa e se enganam ao pensar que vão durar
para sempre. Por exemplo, ao dirigir em alta velocidade, não se alimentar
corretamente, não fazer nenhuma atividade física, não ir ao médico
regularmente, brincando com a saúde sem se preocupar com o prejuízo que a
prevenção poderia evitar. Existem ainda aqueles que apostam que viver
intensamente é suficiente. Vem outra pergunta para estes egoístas em plantão:
Suficiente para quem? A propósito não seria perfeito, chegar à melhor idade, olhar
para trás e reconhecer que viveu todas as oportunidades. Contudo, ter a
sensação de realização, quer seja pessoal ou profissional. Nesta perspectiva, o
melhor não seria buscar formas de ter qualidade, encontrar prazer nas pequenas
coisas e fazer com que o tempo seja alheio as nossas vontades e não contrário?
Para isto, reveja suas prioridades e necessidades, crie, invente e reinvente
novas formas de tocar a vida. Acredite na capacidade de viver de maneira
saudável e prudente, sem correr riscos ou extrapolar os limites, ainda que
intensamente.
Entre todos os artigos que escrevi, este é especial!
ResponderExcluirAchei ótimo.Acho que não conseguiria escrever tão bem
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