segunda-feira, 21 de março de 2016

Copa! Como não escrever sobre.

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É difícil não se envolver com a Copa, mesmo para aquelas pessoas que não se familiarizam com o futebol, pouco provável ficar indiferente ao momento que o país vivencia. O que chama atenção é a forma que o povo se movimenta no quesito jogo. Fato é que as pessoas sofrem ao final de um campeonato se o time não tem um resultado positivo. Sentimentos se misturam e até parece que um ente querido faleceu, pois o sofrimento está estampado nos rostos. Contudo, o que realmente acontece para tanto gasto de energia no esporte, mais especificamente no futebol e sacrifícios são feitos para se ir aos estádios, muitos tornam-se fanáticos pelo seu time a ponto de perder a vida por esta paixão. O mais interessante é perceber a nação unida na vitória, cantando com muito entusiasmo o Hino Nacional e neste instante parece que todos os problemas de ordem pessoal deixam existir. O mundo parou para um evento e tudo mais passou a ficar despercebido.  Neste cenário, o país se torna menos violento, não se ouve mais nas mídias noticias da violência, mas na realidade  o crime não deixou de existir, porém,  não é o foco. Por outro lado, quando o Brasil perdeu o jogo para Alemanha, o inverso ocorreu. O país deixou de ser um orgulho, ônibus voltaram a ser destruídos, bandeiras foram queimadas e a sociedade voltou a se rebelar. Por trás deste comportamento o que se pode descrever é que o sujeito não consegue lidar com as frustrações. Enquanto se ganha é aceitável, mas perder não faz parte do jogo, para uma sociedade que não aprendeu a conviver com as perdas da vida. A criança cresce sem aprender a lidar com as frustrações, o adolescente não luta pelos seus ideais, relacionamentos terminam e o desfavorecido da relação não da conta do sofrimento e procura o psiquiatra para ser medicado, pois a dor é intensa e a medicação é a solução, como se o remédio fosse pensar pela pessoa. O que esperar de uma geração que desde os primeiros anos de vida o “não” não existe ou quando vem, logo em seguida lhe é oferecido às compensações, porque a culpa toma conta dos seus genitores. Enfim, é importante neste contexto repensar sobre os valores que estão sendo repassado aos filhos, resgatar o respeito ao próximo e abrir espaço para as frustrações, pois elas são necessárias para o crescimento do homem. Refletir sobre a moral e os bons costumes, pois estes estão sendo esquecidos pela humanidade. Criar um mundo melhor depende de cada um, porém, enquanto o lado bom adormece o mal toma conta e desta maneira a vida terá muito mais prejuízo do que beneficio. É difícil pensar em futuro, quando não se tem um presente favorável, mas se o indivíduo tiver ciência da importância do seu papel na sociedade, pode ser que desta maneira, existirá um mundo melhor. 

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