Nos últimos tempos, tem sido cada vez mais difícil para os
pais manterem uma posição perante as solicitações dos filhos. Principalmente
saber em que momento se deve dizer "não" a eles, uma vez que, é mais
fácil e confortável agradá-los do que se impor. A questão é que ser pai, vai
além do papel de ser "bonzinho" e fazer tudo que o filho quer.
Afinal, ninguém tem tudo que quer, na hora que quer e como quer. Ser pai é ter
responsabilidade, comprometimento, autoridade, sem autoritarismo, ser firme com
os filhos, para que este aprenda a viver em sociedade. Nesta perspectiva,
parece que o responsável pela educação se perdeu na questão dos limites, de
quando exigir respeito e se impor. Todavia, há de se convir que, para ter tudo
na vida, quando adulto, ele fatalmente terá que ser extremamente competitivo e
provavelmente em muitos momentos será desonesto para conseguir alcançar seus
objetivos. Caso contrário, como aceitar qualquer derrota, qualquer
"não" se nunca lhe fizeram crer que isso é normal. Não se defende a ideia
de que se crie um ser acomodado sem ambições e derrotista. De forma alguma, é o
equilíbrio que precisa existir: o reconhecimento realista de que, na vida às
vezes se ganha, e, em outras, se perde. Enfim, para fazer com que um sujeito
seja um lutador é preciso que desde logo ele aprenda a lutar pelo que deseja
sim, mas com seus próprios recursos, e não fazendo-o acreditar que alguém lhe
dará tudo com facilidade. Satisfazer as necessidades dos filhos é uma obrigação
dos pais, mas é preciso distinguir claramente o que são necessidades do que é
apenas consumismo caprichoso, e acima de tudo, reforçar que todas as pessoas
têm direitos e também obrigações.
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