Talvez
a mais rica, forte e profunda experiência da caminhada humana seja a de ter um
filho. Plena de emoções, por vezes angustiante! Ser pai ou mãe é provar os
limites que constituem o sal e o mel do ato de amar alguém. Quando nascem os
filhos comovem por sua fragilidade, seus imensos olhos, sua inocência e graça,
basta vê-los para que o coração se alargue em riso e cor. Um sorriso é capaz
de abrir as portas de um paraíso. Eles chegam a nossa vida com promessas de
amor incondicional. Dependem do nosso amor, dos cuidados que temos e retribui com gestos que enternecem, mas os anos passam
e os filhos crescem, escolhem seus próprios caminhos, parceiros e profissões.
Trilham novos rumos, afastam-se da matriz. O tempo se encarrega da formação de
novas famílias, os netos nascem, envelhecemos e então algo começa a mudar. Os
filhos já não tem pelos pais aquela atitude de antes, parece que agora só os
ouvem para fazer criticas, reclamar, apontar falhas. Já não brilha mais nos
olhos deles aquela admiração da infância. Isso é uma dor imensa para os pais,
por mais que disfarcem, todo pai ou mãe percebem mínimas faíscas do olho de um
filho. É quando os pais idosos dizem a si mesmo: O que fiz eu? Porque o encanto
acabou? Porque meu filho já não me tem como seu herói particular? Apenas se passaram
alguns anos e parece que foram esquecidos os cuidados e a sabedoria que antes
era referência para tudo na vida. Aos poucos a atitude dos filhos se torna cada
vez mais impertinente. Praticamente não houve mais os conselhos e a cada dia demonstra
mais impaciência. Acham que os pais têm opiniões superadas, antigas. O pior é
quando implicam com as manias, os hábitos antigos, as velhas músicas, e tentam
fazer os velhos pais se adaptarem aos novos tempos, aos novos costumes. Quando mais
envelhecem mais os filhos assumem o controle. Quando eles estão bem idosos, já
não decidem o que querem fazer ou o que desejam comer e beber. Raramente são
ouvidos quando tentam fazer algo
diferente. Passeios, comida, roupas, médicos tudo passa ser decido pelos filho
e no entanto os pais então apenas idosos,
mas continuam em plena posse da mente. Porque então desrespeitá-los? Porque
tratá-los como se fossem inúteis ou criança sem discernimento? Sim, é o que a maioria dos filhos faz, dá
ordem aos pais, trata-os como se não tivesse opinião ou capacidade de decisão. E entanto no fundo daqueles olhos cercados de rugas, há tanto amor naquelas mãos
tremulas, há sempre um gesto de abençoa, acaricia! Pense nisso. A cada dia que
nasce lembre-se: Está mais perto do dia da separação de vocês. Um dia, o velho
pai já não estará aqui, o cheiro familiar da mãe estará ausente, as roupas
favoritas para sempre dobradas sobre cama, os chinelos em um canto qualquer da
casa. Então valorize o tempo de agora com os pais idosos. Paciência com eles
quando se recusam a tomar os remédios, quando falam interminavelmente sobre
doenças, quando se queixem de tudo. Abrace- os apenas! Enxugue as lágrimas
deles, ouça as histórias, mesmo que sejam repetidas. Dê-lhes atenção, muita
atenção e afeto. Acredite, dentro daquele velho coração, brotarão todas as
flores da esperança e da alegria.
Texto de um autor desconhecido!
Muito bom este texto, o autor pensou e colocou exatamente como é,infelizmente a maioria de nós somos assim, quase todos nós seres humanos, na verdade não somos tão humanos assim.
ResponderExcluirÉ verdade! infelizmente esquecemos que também poderemos envelhecer e a história poderá se repetir. Obrigado por comentar, tua participação é muito importante. Bjs
ResponderExcluirExcelente texto!
ResponderExcluir