Dia Dos Pais

Ontem pensei em escrever sobre o Dia dos Pais, mas faltou inspiração. Ao acordar pensei: porque será que não consigo escrever sobre este personagem tão importante para a maioria das pessoas? Cheguei à conclusão que era em função de não ter tido a oportunidade de viver esta experiência, porque o homem que fecundou minha mãe abandonou-a, antes mesmo de eu vir ao mundo. Muitos sofrem quando a figura paterna não corresponde ao esperado, porém, acredito que muitas mães são verdadeiros pais.  Nem sempre se torna prejuízo não ter um genitor, dependerá da estrutura e dinâmica familiar, ou melhor, como se construí as relações familiares. Neste cenário, tive muita sorte de ter uma genitora que deu conta e ensinou- me o que era certo e errado, sempre representou um apoio imprescindível, construindo a pessoa que sou. Ao contrário, existem sujeitos que conviveram com pessoas que poderiam ter sido tudo, menos pai. Penso que este convívio se torna muita mais prejudicial, ou seja, é melhor não ter tido um pai do que um que só traz aborrecimentos, sofrimento, sentimentos de abandono e outros malefícios, causando tanto dor. Além, dos transtornos psicológicos, muitas vezes carregados de traumas e transferências negativas para si e para os que o cercam.  Por outro lado, é lindo identificar aqueles que se tornaram procriador em sua essência, que nasceram com o dom de amar, cuidar, proteger, ensinar e dar o melhor de si. Conheço muitas destas pessoas que tem ciência da importância do papel de ser pai. Fazem de tudo e mais um pouco pela sua cria e ainda abraça os que não são de sua prole. Há tanta generosidade que é impossível não admitir tal atitude. Enfim, que todos tenham ciência que é necessário serem responsáveis, pois antes de colocar um ser neste mundo há de ter a capacidade de assumir tal compromisso.  Reforço aos que já são, que saibam o privilégio  de ser pai. Afinal, a construção de um homem depende dos ensinamentos e exemplos que lhes são dados.  Feliz dia dos pais!