Vim de uma época em que as
pessoas pediam bênçãos aos mais velhos, como pai, tias, avós e padrinhos. Quando
uma mãe chamava pelo filho, por qualquer motivo, tinha que atender na hora, de
pronto e sem reclamar ao que lhe fosse pedido. Além, de referir-se aos
sucessores como senhor ou senhora, não existia a igualdade e não tinha a
possibilidade de se expressar. Havia respeito, ou pode se descrever medo, mas funcionava,
raras as exceções que um filho não obedeciam ou se tornavam rebeldes, assim, a
hierarquia se dava de forma natural. Naquela ocasião, era inaceitável ter
reclamações da escola, mesmo que o professor tivesse sido injusto, o aluno
nunca tinha razão. Autoridade maior era do educador e não tinha questionamentos
sobre isso. As responsabilidades de uma
criança ou adolescente eram enormes, pois os irmãos mais velhos ficavam
encarregados de cuidar do mais novo. Na realidade parecia tão natural cuidar
dos irmãos, cozinhar, limpar a casa, entre outras tarefas. Não me recordo de
negociações neste sentido, tinha que ser feito e ponto. Neste modelo de estrutura familiar, tinha se
muitas obrigações e poucos direitos, mas poucos ficavam revoltados com tal
sistema. Os pais exigiam respeito e
parece que não estavam preocupados em demostrar afetividade. Pode-se afirmar
que a maioria era linha dura, chegando ao autoritarismo extremo. Apesar da
rigidez dos antigos, homens de bem eram formados, pessoas com valores, ética e
princípios. Não havia possibilidade de não obedecer e a última palavra era daquele
que detinha o poder. Atualmente este padrão não existe mais, foi descartado,
pois poucos aprovaram a maneira que os genitores educavam seus filhotes. Infelizmente,
não estão sabendo dosar o modelo antigo com o atual e na busca de dar mais amor
e liberdade tem como resultado a falta de obediência. Os jovens da modernidade desrespeitam
os pais e consequentemente a sociedade. Houve uma inversão de papéis, falta
educação, gentiliza, cavalheirismo e amor ao próximo. Prevalece à tirania de
uma juventude perdida, quer seja nas drogas ou na dificuldade em ouvir um não. Indivíduos
que esticam a adolescência enquanto podem, não precisam ajudar no sustento da
casa. Desta forma, não valorizam os esforços dos progenitores, que muitas vezes fazem o impossível para arcar com as
despesas do lar. Inaceitável ouvir uma mãe dizer que a filha de cinco anos não
a obedece ou que o adolescente insultou-a com palavrões e ainda bateu a porta
do quarto. Penso que está mais que na hora de rever nosso conceito de lidar com
a educação da prole e das próximas gerações. Fazer uma reciclagem e retomar o
controle da situação. Depois não adianta chorar o leite derramado, está no
momento de situar e reverter os papéis, deixar de ter medo dos filhos e ter
ciência que algo precisa ser feito. Comece a construir um novo modelo, que
neste tenha equilíbrio entre democracia e autoritarismo. Que a liderança seja
dos genitores, não ficar refém dos filhos. Este não pode esquecer o lugar que
ocupa no ambiente familiar, ou seja, o pai não é o amigo da escola e sim
autoridade maior. Enfim, entender que
sem respeito não existe amor!
Importante se este artigo fosse lido por pais e responsáveis pela educação das crianças, uma pena, que muitas pessoas não tem acesso a informação. O artigo é excelente. Parabéns mais uma vez!
ResponderExcluirObrigado pelo carinho!
ResponderExcluirParabéns! 👏👏👏👏
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