Esta
frase faz parte de uma rima infantil “Ema, Ema, Ema, cada um com os seus problemas”, mas que faz parte da vida de muitos
indivíduos, porém, daqueles que carregam os problemas dos outros em seus
ombros. É interessante como há pessoas que tem o dom de absorver o problema do
outro. Pode ser de parentes, amigos ou colegas de trabalho, basta alguém contar
alguma dificuldade, que lá esta o sujeito buscando solução para o problema, ou melhor, sendo responsável pela
resolução dos conflitos alheios. Exemplo disso, quando num grupo familiar
sempre tem aquele que a família pode contar, seja para dar um conselho, cuidar
dos sobrinhos, levar os pais ao médico ou ainda, aquele que é visto como uma
agência bancária, pois todos o procuram quando precisam de dinheiro. Desta
forma, deposita-se toda a responsabilidade da casa num único sujeito e assim o
favorecido isenta-se de qualquer obrigação. Contudo, aquele tido como “responsável”
age como se não houvesse alternativas, já que se nomeia a apresentar à solução
para todos os infortúnios familiares. Então é comum se instalar certos tipos de
comportamentos; Dependência, omissão, folga, segurança, entre outros. Desta
maneira, parece que caí bem aquele ditado: “Onde existe um folgado, há
sempre um sobrecarregado”.
Neste contexto, parece que este papel de “sobrecarregado” é uma obrigação de um e o de
“vítima” de outro e quanto mais dependentes maior a sobrecarga. Concomitantemente,
este cenário faz lembrar a Parábola do Page, que passou a vida toda cuidando da
sua tribo. Aos 96 anos faleceu e os índios que estavam ao redor de seu corpo,
se questionavam como seria sua vida sem o Cuidador. Em nenhum momento se
colocaram ou se perguntaram como teria sido a vida daquele sujeito, ou seja,
eles ainda estavam preocupados consigo mesmo. Agora se você se vê no papel do Page
da aldeia, digo-lhe: Acorde! Comece a libertar-se deste papel em que você mesmo
se colocou, porque as pessoas só fazem aquilo que se é permitido. Seja o primeiro a olhar para você e
lembre-se o problema é dele e não seu. Todavia, as responsabilidades podem ser
divididas, mas cada um tem o dever de assumir o seu papel. Por outro lado, se
você é aquele que costuma depositar no outro as suas dificuldades, também
digo-lhe: Saia da zona de conforto! Porque nem sempre terás alguém para solucionar
seus problemas, às vezes, pode até ser que alguém lhe ajude, mas somente você
será capaz de decidir e resolver seus conflitos quer seja de ordem emocional,
financeira ou familiar: Vá à luta e não busque no outro o que está dentro de
você. Quem não enfrenta as dificuldades, não consegue sentir o sabor da vitória. Lembre-se: “O problema é teu e não do outro”.
Penso que as pessoas não conseguem assumir suas responsabilidades e jogam para o outro, como se este tivesse a obrigação de ajudar. Me vi assim, mas hoje aprendi a dizer não, porque é a melhor forma de ajudar alguém.
ResponderExcluirQue bom José que aprendeu a dizer não, este é tão importante quanto o sim, ou melhor, somente através do "não" que as pessoas valorizam o sim!
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